domingo, 18 de maio de 2014

Essa linha manteve-se até a década de 1870, quando acabou pela concorrência com os
bondes da “Jardim Botânico”.

Uma grande linha de “diligências” foi criada em 1854, ligando o centro comercial
ao Jardim Botânico. Era a “Companhia Sociedade Lagoense”, criada pelos diretores
Antônio de Pádua e Silva e José Maria Targine.

BONDES PARA A ZONA SUL
Ainda em 12 demarço de 1856, o Diretor do Jardim Botânico, Conselheiro
Cândido Baptista de Oliveira e seu filho Luiz Plínio de Oliveira, obtiveram do “Governo
Imperial” a primeira concessão de uma linha de carris puxados à burro no Rio de Janeiro
pelo decreto no. 1733.

 Essa linha passaria defronte de seu Jardim Botânico,
aumentando a freqüência. Entretanto, nomeado Diretor do Banco do Brasil em 1859,
Cândido repassou essa concessão por quarenta contos de réis pelo decreto no. 2927,
de 21 demaio de 1862 ao seu amigo Ireneu Evangelista de Souza, Barão e depois
Visconde de Mauá(1813-1889) e este, por cem contos de réis pelo decreto no. 3738, de
21 de novembro de 1866 ao engenheiro americano Charles B. Greenough(1825-1880).

Conseguindo apoio financeiro nos Estados Unidos, rodava já em 09 de outubro
de 1868 a linha de bondes da "Cia. Botanical Garden Rail Road", fundada pelo tal
engenheiro Greenough que inaugurou seus serviços de transportes coletivos para a
Zona Sul, indo a primeira linha da rua Gonçalves Dias, no Centro, até o Largo do Machado.

 Logo foi extendida até a rua “Nova de São Joaquim” (Voluntários da Pátria),
em Botafogo e, em 1o. de janeiro de 1871, passou a circular pela rua Jardim Botânico,
com ponto na porta do Jardim, aumentando de muito a freqüência à instituição e a
popularização do Bairro, já chamado assim(em 1o. de abril de 1873, o bonde chegaria
até a “Olaria”, na rua Marquês de São Vicente).

A rua Jardim Botânico foi retificada, sendo um trecho tortuoso dela cortado por
um atalho. Esse trecho ficou conhecido como "Estrada Velha do Jardim". Foi depois a
rua Frei Leandro, em 1922 incorporada ao "Jocquei Clube". A atual rua Frei Leandro
resulta de um loteamento feito em 1921/22.

Em frente ao portão principal do Jardim Botânico foi construída uma estação de
bondes em 1874 para conforto dos visitantes. O portão original do Jardim Botânico foi
projetado em 1848 pelo arquiteto da "Missão Artística Francesa" e professor da
"Academia Imperial de Belas Artes", Auguste Henry Victor Grandjean de Montigny(1776-
1850), que morava na Gávea, em chácara ainda existente dentro do Campus da PUC.

Mas o artístico portão foi demolido no século XX, substituído pelo atual em 1908. Para
se fazer o novo portão, foi necessário que o Diretor Barbosa Rodrigues ordenasse o
abate de uma árvore "Carrapateiro", ou "Itó", que contava mais de duzentos anos.

Seria tal o crescimento populacional ocasionado pelo bonde, que por Decreto
Legislativo no. 2297, de 18 de junho de 1873, foi criada a "Freguesia da Gávea",
separando-a da "Lagoa", que datava ainda de 13 demaio de 1809, com sede na Capela
de N. Sra. da Conceição, erguida em 1852/56 pelo Capitão Manuel dos Anjos Vitorino
do Amaral no princípio da rua "da Boa Vista da Lagoa", atual Marquês de São Vicente.

Foi seu primeiro Vigário Monsenhor Francisco Martins do Monte (183?-1909), e que era
também Vigário da "Freguesia da Lagoa" e modesto acionista da "Botanical Garden Rail
Road Company".

Quanto à companhia de bondes, seria nacionalizada em 1883, quando passou a
ter razão social de "Companhia Ferro Carril do Jardim Botânico" e continuou a prestar
bons serviços pormuitos anos ao Rio de Janeiro. Em 1909 foi parcialmente arrendada
por contrato à "Light", empresa fundada dois anos antes por um grupo canadense e que
ficou responsável pelo fornecimento de energia elétrica à cidade.

 Entretanto, continuou
a companhia de bondes funcionando independentemente até 1946, quando foi
definitivamente incorporada à "Light". Depois de 1950 desinteressou-se a companhia
canadense pelos bondes, cujo serviço foi decaindo até sua extinção definitiva em 1963
pelo Governador Carlos Lacerda.

Em 1890 surgiu o projetomais curioso, proposto pela "Companhia
Melhoramentos da Lagoa Rodrigo de Freitas e Botafogo", que projetava, dentre outros
melhoramentos, uma "Estrada de Ferro Elevada", partindo da Lagoa e terminando na
rua Primeiro de Março.

No Leblon seria erguido um cemitério, proposto por André
Rebouças, idéia logo enterrada. Anos depois, nas terras do comerciante português José
Guimarães Seixas, próximo ao Morro dos Dois Irmãos, foi proposto um prado de
corridas, idéia que não andou. A companhia foi encampada pelo Governo Federal em
1891.

OBRAS DE ARTE NO JARDIM BOTÂNICO
De 1890 a 1909 dirigiu o Jardim Botânico o cientista João Barbosa Rodrigues,
mineiro(1842-1909), que era também historiador e esteta, pois usou de sua influência
pessoal junto ao Govêrno da República para levar ao seu Jardim Botânico, várias
estátuas, monumentos e chafarizes que estavam abandonados pela prefeitura nas ruas
da cidade do Rio de Janeiro.

 Foi ele quem levou para a "Aléia Barbosa Rodrigues" o
velho chafariz francês em ferro fundido comprado por D. Pedro II e que desde 1878 .
estava esquecido no "Largo da Lapa".

Também levou para o Jardim as duas estátuas
em liga de bronze feitas por Mestre Valentim da Fonseca e Silva(1745-1813), que
haviam sido fundidas para o "Chafariz das Marrecas" em 1785. A "Ninfa Eco" e o
"Caçador Narciso", pois o dito artístico chafariz fôra demolido impiedosamente em 1896
para se ampliar um quartel na rua dos "Barbonos"(atual Evaristo da Veiga).

 Em época recente(1992) o chafariz pôde ser reconstituído pelo arquiteto Glauco Campello, do
"IPHAN", junto à "Aléia de Paus Mulatos". No ano de 1938, recebeu o Jardim seu último
presente, o Pórtico Neoclássico em mármore e estuque da antiga "Academia Imperial de
Belas Artes", projetada por Grandjean de Montigny em 1816/26 na "Travessa das Belas
Artes", próxima ao "Largo do Rossio"(Praça Tiradentes) e burramente demolida em
1938, quando nela já funcionava desde 1908 o "Ministério da Fazenda". Foi colocado no
final da "Aléia Barbosa Rodrigues", pelo arquiteto do "IPHAN", Dr. José de Souza Reis.

recente(1992) o chafariz pôde ser reconstituído pelo arquiteto Glauco Campello, do
"IPHAN", junto à "Aléia de Paus Mulatos". No ano de 1938, recebeu o Jardim seu último
presente, o Pórtico Neoclássico em mármore e estuque da antiga "Academia Imperial de
Belas Artes", projetada por Grandjean de Montigny em 1816/26 na "Travessa das Belas
Artes", próxima ao "Largo do Rossio"(Praça Tiradentes) e burramente demolida em
1938, quando nela já funcionava desde 1908 o "Ministério da Fazenda". Foi colocado no
final da "Aléia Barbosa Rodrigues", pelo arquiteto do "IPHAN", Dr. José de Souza Reis.

recente(1992) o chafariz pôde ser reconstituído pelo arquiteto Glauco Campello, do
"IPHAN", junto à "Aléia de Paus Mulatos". No ano de 1938, recebeu o Jardim seu último
presente, o Pórtico Neoclássico em mármore e estuque da antiga "Academia Imperial de
Belas Artes", projetada por Grandjean de Montigny em 1816/26 na "Travessa das Belas
Artes", próxima ao "Largo do Rossio"(Praça Tiradentes) e burramente demolida em
1938, quando nela já funcionava desde 1908 o "Ministério da Fazenda".

Foi colocado no
final da "Aléia Barbosa Rodrigues", pelo arquiteto do "IPHAN", Dr. José de Souza Reis.
 Dodsworth deu carta branca e Linneu usou de sua
influência e amizade junto aos Presidente e Prefeito, obtendo permuta com a Prefeitura,
que ficava com as terras do velho prado, levando Linneu o trecho mais nobre da Lagoa
como "troca". A destruição de parte do Jardim teve a justificativa oficial que as plantas
dalí atraíam muitos mosquitos, tornando a Gávea inabitável.

O terreno que foi permutado ao seu amigo particular, Dr. Linneu de Paula
Machado, Vice-Presidente do "Jocquei Clube do Rio de Janeiro"(1880-1942), e seu
Presidente depois de 1921. Foi onde se ergueu de 1919 a 1926 o conjunto monumental
do "Jocquei Clube", sob projeto dos arquitetos Prof. Archimedes Memória e Francisco
Cuchet, com supervisão do engenheiro Mário Azevedo Ribeiro e apoio irrestrito do
Prefeito Carlos César de Oliveira Sampaio(1920-1922), que permitiu, inclusive, um
grande aterro na Lagoa com terras oriundas do arrazado "Morro do Castelo" e de obras
que realizara na cidade,matando os manguezais. Isso deu tal desgosto ao Diretor do
Jardim Botânico, Dr. Antônio Pacheco Leão, nascido no Rio(1872-1931, e que dirigiu o
Jardim de 1915 a 1931. Tal destruiçãomarcou sua vida que, afirma sua família, acabou
matando-o de desgosto em 1931. Hoje a área do Jardim Botânico é de 117 hectares.

Eram originalmente 171!
Depois da vitória de Vargas em 1930, foi o Jardim Botânico tratado com melhor
respeito. Em 1934 foi nomeado o botânico Paulo de Campos Pôrto, neto de João
Barbosa Rodrigues, que em sua longa administração, conseguiu restituir demuito a
grandeza perdida, restaurando danos que já haviam ocorrido em muitos anos(1934 a
1938, e depois voltou a administrar de 1951 a 1961).

Vale aqui assinalar a curiosidade que em 1963, o paisagista Roberto Burle Marx,
conhecedor da história damutilação do Jardim e visivelmente inspirado nos anseios de
Pacheco Leão e, doutro modo, impossibilitado de corrigir as amputações praticadas de
1922 em diante, projetou uma ilha à ser construída no centro da Lagoa, constituída de
ripado e cultivo para as espécies de plantas marginais lacustres e aquáticas da flora
brasileira, juntamente com instalações laboratoriais para estudo e controle da ictiologia.

SANEAMENTO DA LAGOA RODRIGO DE FREITAS

Durante o século XIX, a ocupação do bairro restringia-se a poucas chácaras na
rua Jardim Botânico, outras tantas na Dona Castorina, ficando a população com a
preferência por Botafogo e Gávea. Nem a chegada do bonde interferiu nessa escolha
paramoradia, haja vista que a Lagoa Rodrigo de Freitas era considerada insalubre.

Dominava a idéia de que a persistência da febre amarela no Rio de Janeiro estava
intimamente ligada às exalações miasmáticas. Dentro dessa perspectiva, sanear a
Lagoa Rodrigo de Freitas era obra prioritária. Mas os altos custos da empreitada e o
pouco estudo científico realizado para solucionar o problema das águas estagnadas da
Lagoa não justificavam o investimento em tão avultadas obras. Assim, nada foi feito
paramelhorar as condições da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Data de 1880 o primeiro estudo realizado para saneamento da Lagoa, executado
pelo engenheiro Antônio Luís Von Honholtz, Barão com Grandeza de Teffé(1837-1921).
Propunha ele renovar a água da Lagoa por uma comporta e uma bateria de 40 bombas
acionadas por moinhos de vento.

Seguiram-se vários projetos de engenheiros
contemporâneos, todos pecando pela falta de suporte científico para suas conclusões.
Uns propunham tornar a água da Lagoa doce, eliminando o canal de ligação com o
oceano, deixando para os rios adjacentes a tarefa demanter o nível do espelho d`água.

Outros pregavam o contrário, propondo o desvio dos rios para o oceano e a ampliação
do canal de ligação entre a Lagoa e o oceano.

Até 1893, a limpeza da Lagoa era feita de formamuito deficitária pela União.
Nesse ano, a municipalidade assumiu essa incumbência,mas em 1896, ela foi
repassada para a "Companhia de Melhoramentos da Lagoa e Botafogo", que continuou
os serviços de forma rudimentar por alguns anos.

Em 1920/1922, foi a orla da Lagoa saneada por ordem do Prefeito Carlos
Sampaio, tendo o engenheiro Francisco Saturnino de Brito, após criterioso estudo das
condições locais, canalizado os rios e retificado o canal da Lagoa com o oceano(hoje
Jardim de Alah), criando duas ilhas artificiais para regularização das correntes
("Piraquê" e "Caiçaras"), eliminando por muitos anos amortandade de peixes e as
cheias que assolavam o bairro durante as grandes chuvas. Passou então a Lagoa a
possuir água salobra, já que antes era doce.

CIDADE JARDIM CORCOVADO
Foi feito em 1921/22 o loteamento desses terrenos saneados, surgindo as ruas
que vão do Humaitá ao "Jócquei Clube". Como a idéia vingou, logo muitas dessas
antigas chácaras foram loteadas, surgindo pitorescos arruamentos. Em 1926, num
deles, o "Cidade Jardim Corcovado", resultou nas ruas Frei Veloso, Getúlio das Neves,
Professor Saldanha e Eurico Cruz. Como logo se venderam, o projetista J. O. Sabóia
Ribeiro traçou no mesmo ano de 1926 uma extensão pelas faldas do Corcovado, que
resultou nas ruas Engenheiro Alfredo Duarte, Ministro Arthur Ribeiro, Senador Lúcio
Bitencourt, Caio de Melo Franco, Ministro João Alberto, e Praça Luís Mignone.

 Alguns
lotes estavam em terrenos de tal inclinação que receberam críticas ferinas do
Engenheiro José de Oliveira Reis, Diretor do Plano da Cidade, para que não fossem
mais autorizados arruamentos em áreas como esta, em perigo potencial de
desbarrancamento.

AVENIDA EPITÁCIO PESSOA
Na ocasião foi completada a avenida quemargeava a Lagoa, a qual inicialmente
denominou-se Epitácio Pessôa em toda a extensão. Nos anos 60, o trecho do Jócquei
foi batizado de Borges de Medeiros, em homenagem ao político gaúcho Antônio
Augusto Borges de Medeiros (1863-1961).

 Novos aterros nos anos 30, durante a administração do Prefeito Henrique Dodsworth
(1937/1945) deram origem à "Vila Hípica" e ao "Clube Militar".

Uma das curiosidades da Lagoa nessa época é que em idos de 1935, o arquiteto
Lúcio Costa chegou a sugerir ao Ministro da Educação Cultura e Saúde Pública, o
mineiro Gustavo Capanema, a construção da "Universidade do Brasil" na Lagoa Rodrigo
de Freitas, não nas margens,mas no próprio espelho d`agua, com prédios flutuantes!
Claro, tudo não passou de uma sugestão, logo esquecida...

EPITÁCIO DA SILVA PESSOA – DADOS BIOGRÁFICOS
Magistrado, jurista e político, nasceu em Umbuzeiro, Paraíba, em 1865.
Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife.

Foi promotor público e secretário
geral do Governo em seu Estado. Em 1890, elegeu-se deputado à Assembléia
Constituinte e à primeira legislatura ordinária da Câmara Federal.

 No Governo Campos
Sales, ocupou a Pasta da Justiça e Negócios Interiores, presidindo à elaboração dos
projetos do Código Cível e do Código do Ensino.

Foi Ministro do Supremo Tribunal
Federal e procurador geral da República, presidente da comissão incumbida de preparar
o projeto de Código de Direito Internacional Público, senador pelo seu Estado natal e
chefe da delegação brasileira ao Congresso de Paz de Versalhes.

Em 1919, sucedendo
a Delfim Moreira, elegeu-se presidente da República, e governou o país até 1922. A
partir de 1924, foi membro da Corte de Justiça Internacional de Haia. Nessemesmo
ano, voltou a eleger-se senador pela Paraíba, exercendo omandato até 1930.

Cassado
pela Revolução, retirou-se à vida privada e passou a residir no Alto da Boa Vista,
alternando-se com sua casa em Petrópolis, onde, aliás, veio a falecer em 1942. Quando
Presidente da República, o Prefeito do Rio de Janeiro André Gustavo Paulo de Frontin
abriu a famosa avenida que circunda a Lagoa Rodrigo de Freitas, batizada em seu
nome.

UNIVERCIDADE – CAMPUS IPANEMA – AVENIDA EPITÁCIO PESSOA, 1.664 -
IPANEMA
Os alunos da Unidade Ipanema, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas,
usufruem da localização privilegiada em um dos pontos mais valorizados da Zona Sul do
Rio de Janeiro. Com três prédios, situados próximos ao centro do bairro, onde estão
localizadas livrarias, cinemas e teatros, a UniverCidade dá a seus alunos a vantagem de
passarem horas em uma das áreas de maior efervescência cultural da cidade do Rio de
Janeiro.

BAR LAGOA – AVENIDA EPITÁCIO PESSOA, 1.674 – LAGOA
Em 1934, o arquiteto e pintor Eugênio de Proença Sigaud, formado dois anos
antes pela Escola Nacional de Belas Artes; projetou e construiu um pequeno edifício
residencial com três pavimentos em estilo art-déco na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Era à época, uma das primeiras habitações multifamiliares do bairro. No térreo,
projetado com esmerado acabamento em mármore de Carrara nas paredes para sediar
um estabelecimento comercial, se instalou nomesmo ano o Bar Berlim, fundado por
alemães, o primeiro do lugar.

Antes dele, só existia uma padaria metida a bar, a
Sacopam, emesmo assim próxima do Humaitá. O bar deu certo e passou a contar com
seleta freguesia que ali podia experimentar um bom chope, cerveja e a típica culinária
alemã.

Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, em 1942, o bar foi fechado,
sendo reaberto dois anos depois com o novo e imparcial nome de Bar Lagoa. Naquela
época, num mezzanino especialmente projetado para isso, dava espetáculos noturnos

um quarteto de cordas. A contrário de muitos bares, a freguesia sempre foi familiar
devido à pequena e seleta vizinhança.

Em 1957 os donos alemães fizeram sociedade
com um brasileiro, que é o atual dono. Nos anos 60 e 70 foimuito freqüentado pelos
ícones da Bossa Nova e do Tropicalismo, como Ton Jobim, Vinícius de Morais, Chico
Buarque de Hollanda, Miúcha, etc.

Mas nem a decoração art-déco, os lustres modernistas, a sacada interna
superior, nem o grande balcão no fundo do salão ou o mármore de Carrara nas
paredes, nada dessa estrutura física, tombada desde 9 de setembro de 1987 pela
Prefeitura, é mais importante que o patrimônio palatável do Bar Lagoa.

Entre todas as muitas qualidades do Lagoa, nada do que se diga ou escreva é
mais marcante do que o sabor de seu chopp, um dos melhores da cidade. Tirado com
maestria desde 1982 pelo competente Fernando, o chopp do Lagoa é uma instituição.

Sempre na temperatura certa, com espuma consistente e frescor incomparável, o chopp
jorra ao final de uma serpentina de quarentametros, o que, de uma vez por todas, prova
que tamanho não é documento.

Nas mesas da aconchegante varanda ou do histórico salão, o chopp chega
trazido por garçons, alguns com quase 30 anos de serviço, cuja fama de rabugentos é
muitas vezes produto de um excesso de fregueses ávidos pelo precioso líquido.

VIADUTO AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT – CORTE DO CANTAGALO – LAGOA
Em 1938, o Prefeito Henrique Dodsworthmandou abrir uma via de comunicação
entre os bairros de Copacabana e Lagoa Rodrigo de Freitas pelo Morro do Cantagalo.

A obra, apelidada à época de Corte do Cantagalo e hoje de Avenida Henrique Dodsworth,
resolveu o problema de forma satisfatória. Entretanto,

Para resolver o problema, a Superintendência de Urbanização e Saneamento do Estado
da Guanabara (SURSAN), elaborou, em 1966, o projeto de um viaduto em concreto
protendido, criando um trevo rodoviário. Inaugurado em 1967 pelo Governador
Francisco Negrão de Lima, o viaduto com 94metros, eliminou o cruzamento à saída do
Cantagalo, facilitou e deu fluidez ao tráfego em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas.

AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT – DADOS BIOGRÁFICOS
Editor, comerciante, industrial, jornalista e poeta, Augusto Frederico Schmidt
nasceu no Rio de Janeiro, a 18 de abril de 1906. Fez seus estudos primários na Suíça e
o secundário no Brasil.





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