quinta-feira, 29 de maio de 2014

Viajando pela História

Cerca de 5000 a.C._ Começa a ocupação da região do Rio de Janeiro  por grupos indiginas que vivem da coleta de moluscos  e frutos, da pesca e da caça. Habitam os sambaquis, montes construidos com conchas, área e terra, e fabricam utensílios de pedra, osso e concha. 

Século xd.c._ Os indios que habitam a região do Rio de Janeiro começam a praticar uma agricultura incipiente, principalmente o plantio de (o aipim), complementada pela caça e coleta de frutos, mel e raízes. O europeu, ao chegar aqui, em 1500, encontra alguns desses grupos, conhecidos como Tupinambá, Goitacá, Purí, Coroado, entre outros.


1565_É fundada a cidade do Rio de Janeiro. O governador, Mem de sá, distribui terras, sob o regime de sesmarias. Aos  poucos, começa  a utilização predatória da floresta, com a extração civil e da indústria canavieira que aqui se instala.

1700_ com dezenas de engenhos em atividade, o plantio da cana é intensificado e as florestas vão sendo destruídas pela pratica indiscriminada da queimada.

Final do século XVIII_ Começa no Rio de Janeiro o plantio de café, introduzido pela primeira vez no país em Belém do Pará e de lá se espalhando por outras regiões. No Rio, as plantaçôes cobrem as serras da Tijuca, Carioca  e Gávea. o café encontra ótimas condições de solo, temperatura e umidade.

1808_ Chega a Família Real Portuguesa, com um séquito de cerca de 20 mil pessoas. Intensifica-se o plantio de café e de espécies exóticas, e aumenta a exploração da madeira destinada á construção de residências, para brasileiros e estrangeiros que aqui vêm morar.

Alguns estrangeiros escolhem a área do futuro Parque Nacional da Tijuca para se estabelecer. São franceses, holandeses, ingleses, entre outros que, chegando com outros costumes e valores, dão preferência ás áreas mais arejadas e saudáveis em vez de fixarem residência no centro sujo e insalubre do Rio de Janeiro.

 Escravos africanos e seus descendentes ocupam expressivamente a área do futuro Parque Nacional da Tijuca, trabalhando nos Sítios e fazendas de Café. Chegaram a formar inúmeros quilombos, onde, embora escondidos, e constantemente perseguidos, cultivam pequenas roças, além de  manter relações fortuitas de troca com taberneiros locais e Sitiantes.

 Um grupo de chineses, trazidos por D. João VI, desenvolve plantações de chá no futuro bairro do Jardim Botânico, o Real Horto. Acultura não dá certo, mas na década de 1930 será construído o pavilhão da Vista Chinesa, homenageando esses imigrantes.

Ainda no inicio de século XIX, cortes e queimadas destroem extensas  áreas da floresta, comprometendo a Mata Atlântica e a perenidade dos mananciais (nascentes e fontes naturais de água). A escassez de água coloca em risco o abastecimento da cidade O governo proíbe os desmatamento em mananciais e cursos d'água.

1821/29/33/43_ Nestes anos, períodos de longa estiagem  secam fontes,  chafarizes,  tanques e bicas.Seguem-se chuvas torrenciais que encontram um solo arrasado, encostas em processo de desertificação, causando avalanches e destruição, além de grandes erosões.
Em 1844, uma praga chamada borboletinha destrói as plantações de café e prejudica ainda mais os solos.

1845_O Ministro Almeda Torres Inicia algumas desapropriações ao redor das nascentes e propõe o plantio destas áreas para salvar oa mananciais da cidade. Algumas edificações das chácaras e fazendas de café  não voltarão a ser habitadas, e se tornarão ruínas no futuro parque. Outras, passado mais de um século, serão pontos histórico e turístico: a Capela Mayrink, os restaurantes Os Esquilos e A Floresta, a sede campestre da sociedade Hípica, entre outras.

1848_ A proteção das nascentes já faz sentir seus efeitos: aumenta o volume de água do rio Carioca, mas ele é ainda insuficiente para o abastecimento da população.

Luiz Pedreira do Couto Ferraz, o Barão de Bom Retiro, morador e apaixonado pela Tijuca, é um dos grandes incentivadores do replantio. Na década de 1850, contribui,como Ministro do Império, para viabilizar a Administração da floresta da Tijuca e a aquisição de terrenos na área.

1860_É criado o Ministério da Agricultura, que passa a administrar as áreas de Floresta, da Tijuca e das paineiras. A situação dos mananciais torna-se crítica a única solução é  o reflorestamento.

1861_O ministro Manuel Felizardo de Sousa e Mello elabora o documento Instruções provisórias, que denomina oficialmente como florestas as áreas na Tijuca  e nas Paineiras. Com a aprovação de D. Pedro II, nomeia o major Manoel Gomes Archer, para comandar os trabalhos na  Floresta da Tijuca  e Tomás Nogueira da Gama; nas Paineiras.

1861-1874_ Trabalhando com reduzida  mão-de-obra _ 33 assalariados e seis escravos negros 

-, Ancher semeia cerca de 100 mil mudas durante sua administração.

1870_ Mesmo com todo este trabalho de reflorestamento, a cidade vive a mais calamitosa crise de abastecimento de água, e novas desapropriações são decretadas.



Na segunda metade do século XIX, aumenta  a fama da Floresta como um dos mais agradáveis recantos da cidade.

1889_ Com a transição do Império para a República e consequente impacto  sobre a vida política do país, a intenção  do governo é totalmente desviada dos proplemas de preservação florestal. Durante os próximos 50 anos, a Floresta se regenerará por conta própria, sem interferência  humana.

1920_ As favelas de são Carlos, Querosene, Salgueiro, Macaco, Rocinha e Dona Marta começam a subir as encostas da serra da Carioca. Também surgem algumas fábricas na periferia do Maciço da Tijuca: cervejaria Brahma, Cia.de Cigarros Sousa Cruz, Cia. Franco-Brasileira de papel  e Lanificios  Alto da Boa Vista.

1931/32_ É erguida, no morro corcovado, a estátua do Cristo Redentor.

1945_ O prefeito Henrique Dodsworth designa, para administrar a floresta, o industrial Raymundo de Castro Maia_ responsável pela sua definitiva transformação em área de lazer e de turismo.

1961_Criado por decreto federal, o Parque Nacional  do Rio de Janeiro, incorporando as florestas de domínio da União: Tijuca, Paineiras, Corcovado, Gávea Pequena, Trapicheiro,  Andaraí  Três Rios e Covanca.

1966_ O parque é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional No ano seguinte, passará a chamar-se Parque Nacional da Tijuca, com a exclusão de áreas consideradas irrecuperáveis ou invadidas por favelas_Floresta da Covanca, parte da floresta do Andaraí, Chácaras da bica e do Cabeça da Gávea_e a inclusão do  Conjunto da Pedra Bonita/ Pedra da Gávea_e áreas do Morro  Dona  Marta, Corcovado, Gávea, Cochrane, Alto da Boa Vista, Av. Edson Passos e Jacarepaguá, entre outras. Sua  administração ficará subordinada ao recém-criado  Instituto  Brasileiro de Desenvolvimento Florestal_IBDF.  

1989_Criado o Ibama _ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovaveis. O órgão, que passa a responder pela gestão do Parque, nasce da fusão do IBDF, da SUDHEVEA _ Superintendência do Desenvolvimento  da Borracha, da SUDEPE _Superintendência do Desenvolvimento  da Pesca, e da SEMA _ Secretaria Especial de Meio Ambiente.

1991_ Junto com o Jardim Botânico e o Parque Lage, o Paque Nacional da Tijuca é Declarado, pela Unesco, Reserva da Biosfera, considerado Patrimônio da Humanidade, devido ao seu importante papel no equilíbrío do clima e na preservação do Solo, da água  e do ar, e por sua relevância histórica e cultural.

Nenhum comentário:

Postar um comentário